terça-feira, 28 de maio de 2013

26 Maio. VS - MJ - VS

Boas companheiros do pedal

Desde que vim de viagem, ainda não tinha pegado na bicicleta. Chegada na Sexta-feira - 24 Maio, coloquei a máquina de guerra no seu lugar e esqueci-me que ela existia, até este Domingo - 26 Maio. Sabia que neste dia 26, havia no Norte do País uma maratona, muito querida por muitos. Na qual eu também era para ir, mas como tinha a travessia para fazer, optei pelo que me dá mais gozo = Travessia.

Mal que pude, liguei ao Zé para saber onde é que ele ia andar no Domingo e perguntar se me podia ir com ele, a resposta foi positiva, mas fiquei um pouco assustado com o local escolhido. Montejunto 15 dias antes de ir fazer a travessia, tinha ido pela primeira vez à Serra de Montejunto, à maratona de 60 km. Nem vos digo nada, levei cá um empeno. Mas adorei aqueles trilhos... e recomenda-se

Domingo - 26 Maio
Lá fomos nós para o local de encontro - Vale de Santarém. O passeio começava nesta localidade e íamos a rola até à Serra de Montejunto, que ainda era longe. Nada melhor que fazer um bom aquecimento, antes de subir os 10 quilómetros de subida que nos tinham prometido.

Bem, o caminho até lá foi sempre a rolar, alcatrão, trilhos, descidas, subidas, ramos, pedras, gravilha, enfim... Ao aproximar daquela Monstruosa Serra, comecei a reconhecer alguns trilhos que fiz na maratona. Para não variar, fotos da praxe, cada um com a sua máquina e Flashhhhhhh, eh eh não foi preciso, estava um dia espectacular, tirando a Porcaria do vento que bateu quase sempre de frente. 

 

Voltando aos trilhos, andámos ainda numa zona de riacho, até que chegámos a mias uma bifurcação e aí começámos a subir e já havia dois fugitivos, e como andavam, até parecia que havia o prémio de montanha. Um pouco mais à frente, passei por um deles que estava ali parado. Estava à nossa espera, e também tinha perdido o rasto ao Homem da dianteira -SP.


Como não gosto muito de parar, porque quebra o ritmo e ainda por cima numa subida, continuei a pedalar, até que chegámos à uma casa branca e não havia sinais do SP. Interrogado, liguei para saber onde se encontrava! Atendeu e disse que eu estava no lado errado, e tinha de voltar para trás, e subir pelo o outro lado, foi o que fiz de imediato.


Quem vem de baixo tinha de virar à Esq. Nós fomos pela Dtª

Nesta ocasiões de erro do caminho, prefiro sempre subir, do que descer e depois ter que subir tudo novamente.

Bem, voltei para trás e no cruzamento que tínhamos de virar à esquerda, estava lá o pessoal todo concentrado, menos o fugitivo. Começámos a subir e que subida, na parte final tinha muita pedra solta o que dificultou um pouco a sua progressão.

 
 

No cimo, havia uma recompensa, só a quem se levanta cedinho da cama para ir andar de bicicleta. A paisagem é sempre um prémio. 


O único sentido que havia era subir e subir e subir... mas fez-se devagarinho. A última vez que ali passei, ia já todo empenado, e que bem que soube passar ali com alguma energia. Durante a interminável subida ainda havia uma bela descida, um pouco técnica devido ao estado do piso. Tinha muita pedra e muita solta, o que dificultava, mas quando se tem um bike que nos dá confiança a descer, porque não aproveitar e descer.

 

Aqui, fomos para cima até ao parque de merendas

Estrada e mais estrada, ao chegar ao Quartel da Força Aérea, foi só seguir pela esquerda e lá estavam o Zé e o SP. Aos poucos o grupo foi-se juntando e aproveitamos que havia ali um barraca, para ir reforçar o estômago.


Reforço tomado e lá fomos nós para o regresso. Pensava eu que já tínhamos subido tudo, e afinal não! Mais uma subidinha e lá estavam à  nossa espera daquelas descidas que não gosto nada, com muita pedra solta e um convite a ir ao chão. Felizmente correu bem, desci mas sem largar muito os travões.

Ao encontrar-me com o resto do grupo, lá prosseguimos a viagem de regresso a Vale de Santarém. Já haviam muitos esfomeados, eu era um deles. É que isto de andar de bike, dá e de que maneira. Isto de andar só a Geís e água e barrinhas. Tenho de levar da próxima uma sandes de torresmos e presunto, aí sim, eh eh eh, que reforço.

Regresso ao carro, estrada e mais estrada, ah alguns trilhos à mistura. O fugitivo era sempre o mesmo, e depois havia uns que o conseguiam acompanhar, e mais uma vez, perdi-me dele, e como não levei o GPS, foi um erro que não torno a repetir. Tive de esperar do Paulo, do organizador do passeio e conhecedor daquela região, para puder prosseguir.


Grupo novamente reunido, já faltava pouco e as forças também. 
Ainda deu para descer umas escadas junto a uma Igreja, eu desci ao lado, e houve quem fosse dar a volta pela estrada. Já estávamos mesmo no final. Rescaldo de incidentes da volta, 3 furos - Zé, Ângelo e Sr N, foram os felizes contemplados. :)

O muito obrigado ao Paulo Ribeiro, pelo passeio. Sem esquecer dos que me acompanharam nesta aventura.

Ordem
Carlos Pisco - Sr N - Zé - Ângelo - Spínola - Eu - Paulo


The End

segunda-feira, 27 de maio de 2013

3ª ETAPA. Arrifana / Lagos (23-05-13)

Boas companheiros do pedal

Nesta quinta-feira (23-05-13), estava um pouco ansioso de iniciar esta última etapa. Queria ver se o pneu tinha aguentado, para não haver mais atrasos. Estivemos analisar o percurso de 105 km, na noite passada. A altimetria e o cansaço  acumulado eram o meu principal inimigo, do qual queria vencer.

Pequeno-almoço tomado, tudo a postos, só faltava mesmo a última foto à frente da pousada. Tirada a foto, lá fomos nós, a minha única preocupação era o pneu. Que ao quilómetro 12 fez-nos parar e obrigar a pôr uma camara-de-ar. Aproveitando assim o liquido selante que restava para reforçar o pneu da frente do Racha, que já tinha dado problemas.


Paragem obrigatória
 

Com o problema resolvido, retomámos o caminho, e aí foi sempre andar. As únicas paragens que fizemos foi de ordem física ou fotos, eh eh eh


Ao entrar na zona da Carrapateira, nem sabia muito bem o que vinha. Mas quando fizemos a primeira subida pelo monte, a contorná-lo e depois no horizonte vi mais montes do mesmo tamanho ou maiores, e só de imaginar que teríamos de fazer aquilo tudo, ai ai ai, era única coisa que me passou pela cabeça na altura. 


Felizmente tivemos de o fazer, digo felizmente porque não foram assim tantos. Faz parte da aventura, dá mais gosto no final, porque na altura pensamos quase sempre - Porquê que me meti nisto!? 

Caminho - Descer tudo, esquerda-direita-esquerda e siga

Mas nunca me arrependo de todos os locais que vou e com quem vou. Espero todo o ano para que chegue rapidamente o grande dia de agarrar na bicicleta e fazer-me ao monte, sensação única de liberdade

Ao passar esta zona montanhosa, já estávamos mais perto de Sagres, no horizonte via-se o Farol. O vento estava fortíssimo e de frente, não ajudou nadinha... Estava na hora de tomar uma poção mágica, que me deu mais força para prosseguir e ao longo da viagem ia tomando uns queijinhos de Isotónico Isostar Limão.

foi a minha salvação

Ao chegar a Sagres, fizemo-nos à estrada à procura de um local para almoçar, e encontramos o Retiro do Pescador, parámos e descemos das montadas e finalmente iríamos comer algo diferente de sandes. Aproveitei logo para obter o 2º carimbo da viagem.


Com o estômago reforçado, prosseguimos caminho e desta, teríamos de ir ao Forte de Sagres, bastava umas fotos e lá íamos nós para a Placa de Sagres, para mais uma sessão de fotos.

 


Sessão concluída continuamos e tínhamos mais uma batalha pela frente, o vento não nos largou até Vila do Bispo, foi muito duro aquele bocado, o cansaço já se sentia e muito e aquele vento, era teimoso em não nos largar.


O nosso objectivo era chegar a Lagos e depois era prosseguir até Figueira - Portimão, onde íamos pernoitar, em casa de um grande amigo do casal que estava comigo.

Fizemos muita, mas mesmo muita estrada. Já não havia muito vento e dava para circular bem. Ao entrar em Lagos, lá fomos nós para mais uma sessão de fotográfica.

 

A Sónia queria um Íman para o frigorífico, então lá fomos nós à marina mas em vão, porque não tinham, eu aproveitei-me logo para obter mais um carimbo.


Missão cumprida e lá fomos mas desta para Figueira - Portimão. Estrada e mais estrada e um pouco de vento à mistura. Pouco tempo depois lá estava a dita placa anunciar o meu descanso - Figueira

Mais uma subida e tínhamos chegado. A  nossa anfitriã chegou e dê-nos as boas vindas. Digo-vos uma coisa, não existe classificação possível para avaliar da maneira como fui recebido, senti-me logo como se fosse um membro da família.

O nosso anfitrião lá atrás

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sábado, 25 de maio de 2013

2ª ETAPA. Almograve / Arrifana (22-05-13)

Boas companheiros do pedal, 

Começámos esta etapa por voltas das 09h. sabíamos que o piso iria ser diferente. Neste track já havia muito mais trilho do que alcatrão, era esse o meu objectivo, tentar evitar ao máximo estrada.

Andamos muito junto às falésias do cabo sardão, e deve ter sido aí que aconteceu o único problema técnico da viagem. O meu pneu traseiro rompeu-se na parte lateral.


Desde daí foi um constante Pará Arranca, para encher o dito cujo. 

Gostei imenso desta Etapa, não pela situação do Pneu, que estragou um pouco o andamento, mas pelos locais que passámos. Desde dos inúmeros quilómetros que fizemos junto aos canais de rega. À paisagem envolvente, tudo contribuiu para um dia fantástico.

O almoço foi junto a uma pequena ponte de um canal de rega. Parámos ali e comemos algo, com o estômago reforçado, retomámos caminho, para não variar muito, foi só seguir o leito do canal e continuar a seguir o traço roxo do GPS, que no indicava o caminho.


No track original, quando se entrava em Aljezur continuava-se pela estrada, e como nós íamos pernoitar na Arrifana, fui obrigado a alterar o track.


Quando chegámos ao cimo do Castelo de Aljezur, o Ricardo sugeriu que voltássemos a descer e nos dirigíssemos à gasolineira mais perto, que ficava ao lado dos bombeiros daquela pequena Vila, para tentarmos reparar o meu pneu. E assim fizemos, custou-me imenso estar a descer algo tão íngreme. Custou-me porque tinha de o voltar a subir.

Preparar Material 
 
 
 

Reparação feita, agora só tinha de rezar que ficasse bom, pelo menos até chegar à Pousada. Quando arrancámos, a Sónia sugeriu que fossemos ao Take-Away do Intermarché, para comprarmos o jantar e assim o fizemos. 

Voltando à estrada e às subidas, custou-me um pouco. Com tanta paragem do qual fui obrigado, devido ao estado do pneu. A quebra foi muita.

Seguindo o track que nos levava para o descanso, arranja-se sempre forças. ao chegar à Pousada, fizemos o check-in, o Sr que nos atendeu muito atencioso e era parceiro do pedal. Pouco depois guardamos as máquinas de guerra numa arrecadação e deixei a bicla meia inclinada para ver se o liquido de selante actuava e reparava melhor o furo por dentro, tinha esperança que criá-se uma camada de borracha e resolvesse a situação.
  

Pouco depois, cada foi para o seu quarto e encontrámo-nos minutos depois para explorar um pouco aquela Aldeia Algarvia. Mais uma vez, encontrámos um Deserto. 

Tirámos algumas fotos da praxe junto à placa de identificação da Aldeia, passeámos um pouco, não foi assim tão pouco. Pronto, andamos um bom bocado mas não muito... eh eh eh eh  que confusão


Vista Panorâmica da Praia da Arrifana

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