Desde que vim de viagem, ainda não tinha pegado na bicicleta. Chegada na Sexta-feira - 24 Maio, coloquei a máquina de guerra no seu lugar e esqueci-me que ela existia, até este Domingo - 26 Maio. Sabia que neste dia 26, havia no Norte do País uma maratona, muito querida por muitos. Na qual eu também era para ir, mas como tinha a travessia para fazer, optei pelo que me dá mais gozo = Travessia.
Mal que pude, liguei ao Zé para saber onde é que ele ia andar no Domingo e perguntar se me podia ir com ele, a resposta foi positiva, mas fiquei um pouco assustado com o local escolhido. Montejunto 15 dias antes de ir fazer a travessia, tinha ido pela primeira vez à Serra de Montejunto, à maratona de 60 km. Nem vos digo nada, levei cá um empeno. Mas adorei aqueles trilhos... e recomenda-se
Domingo - 26 Maio
Lá fomos nós para o local de encontro - Vale de Santarém. O passeio começava nesta localidade e íamos a rola até à Serra de Montejunto, que ainda era longe. Nada melhor que fazer um bom aquecimento, antes de subir os 10 quilómetros de subida que nos tinham prometido.
Bem, o caminho até lá foi sempre a rolar, alcatrão, trilhos, descidas, subidas, ramos, pedras, gravilha, enfim... Ao aproximar daquela Monstruosa Serra, comecei a reconhecer alguns trilhos que fiz na maratona. Para não variar, fotos da praxe, cada um com a sua máquina e Flashhhhhhh, eh eh não foi preciso, estava um dia espectacular, tirando a Porcaria do vento que bateu quase sempre de frente.
Voltando aos trilhos, andámos ainda numa zona de riacho, até que chegámos a mias uma bifurcação e aí começámos a subir e já havia dois fugitivos, e como andavam, até parecia que havia o prémio de montanha. Um pouco mais à frente, passei por um deles que estava ali parado. Estava à nossa espera, e também tinha perdido o rasto ao Homem da dianteira -SP.
Como não gosto muito de parar, porque quebra o ritmo e ainda por cima numa subida, continuei a pedalar, até que chegámos à uma casa branca e não havia sinais do SP. Interrogado, liguei para saber onde se encontrava! Atendeu e disse que eu estava no lado errado, e tinha de voltar para trás, e subir pelo o outro lado, foi o que fiz de imediato.
Quem vem de baixo tinha de virar à Esq. Nós fomos pela Dtª
Nesta ocasiões de erro do caminho, prefiro sempre subir, do que descer e depois ter que subir tudo novamente.
Bem, voltei para trás e no cruzamento que tínhamos de virar à esquerda, estava lá o pessoal todo concentrado, menos o fugitivo. Começámos a subir e que subida, na parte final tinha muita pedra solta o que dificultou um pouco a sua progressão.
No cimo, havia uma recompensa, só a quem se levanta cedinho da cama para ir andar de bicicleta. A paisagem é sempre um prémio.
O único sentido que havia era subir e subir e subir... mas fez-se devagarinho. A última vez que ali passei, ia já todo empenado, e que bem que soube passar ali com alguma energia. Durante a interminável subida ainda havia uma bela descida, um pouco técnica devido ao estado do piso. Tinha muita pedra e muita solta, o que dificultava, mas quando se tem um bike que nos dá confiança a descer, porque não aproveitar e descer.
Aqui, fomos para cima até ao parque de merendas
Estrada e mais estrada, ao chegar ao Quartel da Força Aérea, foi só seguir pela esquerda e lá estavam o Zé e o SP. Aos poucos o grupo foi-se juntando e aproveitamos que havia ali um barraca, para ir reforçar o estômago.
Reforço tomado e lá fomos nós para o regresso. Pensava eu que já tínhamos subido tudo, e afinal não! Mais uma subidinha e lá estavam à nossa espera daquelas descidas que não gosto nada, com muita pedra solta e um convite a ir ao chão. Felizmente correu bem, desci mas sem largar muito os travões.
Ao encontrar-me com o resto do grupo, lá prosseguimos a viagem de regresso a Vale de Santarém. Já haviam muitos esfomeados, eu era um deles. É que isto de andar de bike, dá e de que maneira. Isto de andar só a Geís e água e barrinhas. Tenho de levar da próxima uma sandes de torresmos e presunto, aí sim, eh eh eh, que reforço.
Regresso ao carro, estrada e mais estrada, ah alguns trilhos à mistura. O fugitivo era sempre o mesmo, e depois havia uns que o conseguiam acompanhar, e mais uma vez, perdi-me dele, e como não levei o GPS, foi um erro que não torno a repetir. Tive de esperar do Paulo, do organizador do passeio e conhecedor daquela região, para puder prosseguir.
Grupo novamente reunido, já faltava pouco e as forças também.
Ainda deu para descer umas escadas junto a uma Igreja, eu desci ao lado, e houve quem fosse dar a volta pela estrada. Já estávamos mesmo no final. Rescaldo de incidentes da volta, 3 furos - Zé, Ângelo e Sr N, foram os felizes contemplados. :)
O muito obrigado ao Paulo Ribeiro, pelo passeio. Sem esquecer dos que me acompanharam nesta aventura.
Ordem
Carlos Pisco - Sr N - Zé - Ângelo - Spínola - Eu - Paulo
The End