Após uma boa noite de descanso, preparámo-nos e descemos para o pequeno-almoço servido no café do
hotel, onde já estavam os nossos companheiros de viagem à nossa espera. O
primeiro e único furo do dia foi do André. Bem, neste caso foi no último dia, eheh,
ontem! Reparado o pneu do André, pedimos ao Sr. Pequeno para a última foto de
grupo, em Amiais de baixo.
Fotos tiradas
e prontos para arrancar, o frio era de rachar e cortar, e cortou mesmo. A
primeira descida era interminável, digo isto por causa do frio, às vezes sabe muito
bem descer mas não era aquele o caso. No fim dessa descida fomos dar ao centro
de ciências vivas nos Olhos d'Água! Bem, quando pensei nesta viagem, este foi o
local escolhido para pernoitarmos, mas estava fechado para requalificação do
edifício. O espaço que envolvia o centro, digo-vos uma coisa, muito bonito e
hei-de lá voltar!
Retomámos o
caminho, entrámos no mato e logo deixámos de ter frio, pois apareceu uma
daquelas subidas que aquecem. No fim dela, tive de tirar o impermeável. Para
quem gosta de andar de bicicleta e tirar fotos, este tipo de aventuras são o
ideal, estou completamente rendido às longas distâncias.
Após muita
estrada e trilhos, até Fátima ainda tínhamos de atravessar duas serras. Apanhamos
zonas que exigiam alguma técnica para transpô-las e uma ou duas vezes tivemos
que levar as máquinas à mão. Como já tinha referido, fartámo-nos de subir e no
meio de mais uma subida encontrámos um lago artificial com umas pedras, local
ideal para mais uma sessão fotográfica.
Prosseguimos
caminho e, durante este, o Diogo e o Bastos falaram duma subida em que
acontecia algo inexplicável, mas em bom! Eles disseram que numa parte da subida,
e ainda eram uns bons metros, o vento batia de frente mas puxava-nos e não custava
nada subir até ao topo. Por incrível que pareça, aconteceu mesmo! (Se alguém souber
explicar este fenómeno, deixe comentário no fim da crónica).
No topo ficámos
deslumbrados com a paisagem. No horizonte víamos a neblina instalada que nos
dava a sensação de ser mar. Voltando ao caminho, o Bastos avisou mais uma vez
dos perigos na descida. Haviam muitos factores a ter em atenção, tais como as viaturas
que circulavam em sentido contrário (!), as curvas apertadas, o mau estado do
pavimento e, o maior cuidado, a velocidade que poderíamos alcançar com a enorme
descida. Nesse aspecto, prefiro dar uso aos travões, o meu lema é - enquanto tiver
pastilhas, é para gastar!
Como mencionei
no início desta crónica, tínhamos de atravessar duas serras, subimos muito, mas
quem muito sobe também tem de descer, e acho que devemos ter descido à vontade
o dobro que subimos, e ainda bem!
Passados uns
bons km chegámos a mais um miradouro. Neste, a vista também era bonita,
tínhamos à nossa frente Minde e a A1, sinónimo de que faltava pouco.
Tornámos a
apanhar mais uma descida para a terra que tínhamos acabado de avistar, as
mesmas precauções a tomar e lá fomos nós. Ao chegar dirigimo-nos ao café MINDELICIAS! Energias Repostas e retomámos
o gosto do nosso selim!
E, para mim, este trilho, que denomino como o trilho das Ventoinhas Eólicas, foi o meu favorito de todo o caminho. Era bastante rolante e tinha muita gravilha. Durante algum tempo andei praticamente sozinho, o grupo partiu-se e uns andavam mais rápido, outros andavam a mastigar terreno, isto é um passeio, não uma competição. Gosto de apreciar a paisagem sem ter a pressão de ter que andar mais rápido, são gostos. Não crítico os outros companheiros que iam à frente, haja saúde!
E, para mim, este trilho, que denomino como o trilho das Ventoinhas Eólicas, foi o meu favorito de todo o caminho. Era bastante rolante e tinha muita gravilha. Durante algum tempo andei praticamente sozinho, o grupo partiu-se e uns andavam mais rápido, outros andavam a mastigar terreno, isto é um passeio, não uma competição. Gosto de apreciar a paisagem sem ter a pressão de ter que andar mais rápido, são gostos. Não crítico os outros companheiros que iam à frente, haja saúde!
Quando nos juntámos novamente, só nos tornámos a
separar no comboio! Pelas indicações de quem já tinha feito o caminho,
estávamos mesmo quase a chegar. Desde do início da viagem que nos cruzámos com
imensos simpatizantes das duas rodas e pedais, mas não apanhámos ninguém com o
mesmo objectivo, normalmente acontece.
No retorno da
2ª etapa atravessámos uma mata e mais uma vez cruzámo-nos com alguns amantes do
btt, e passámos por uma mini concentração de algo, penso que fosse algum
passeio organizado de btt. Pouco depois, o Bastos avisou-nos de uma casa, toda
ela feita de madeira, com um grande terreno, e de facto era muito bonita,
parámos um pouco para apreciar. Agora, sim estávamos mesmo a chegar, passámos
por baixo de um viaduto da A1 e já dava para ver a torre do santuário de
Fátima.
Houve a sensação de alívio, não do final do passeio, ao chegar ao santuário,
mas sim de mais um desafio realizado. Parámos para um pequeno descanso, tiradas
as fotos da praxe, despedimo-nos do santuário para irmos para o destino final: Fátima, mas a estação
da CP.
O engraçado é que esta estação devia ser já aqui, e ainda tivemos de
pedalar uns 22Km. Lá fomos nós para os derradeiros km. Mais uma vez, tínhamos sido
avisados de uma grande e longa subida e cada um também já estava informado dos
perigos a ter nas descidas.
Passado o mau bocado
da tórrida subida e veio a bonança de uma mega descida. No horizonte dava para contemplar o castelo de Ourém, e no fim da estrada estava um pelotão de
aficionados da velocidade.
Chegando a Ourém ainda tivemos um momento de diversão. Passou por
nós um Mercedes com uma bicicleta na mala. A parte cómica foi como estava a
bicicleta a ser transportada, metade dentro da mala e a outra fora. Passado este
pequeno momento de diversão, o Bastos notou que o seu pneu da frente estava a
ficar vazio.
Como tínhamos parado para levantar dinheiro, ele seguiu em frente
para encher o dito pneu, à bomba, numa Estação de Serviço, e avisou-nos que
esperaria por nós à saída de Ourém. Assim foi e, mal lá chegámos, saímos para
os últimos km. Ao chegar à dita e tão desejada estação da CP, fomos logo
comprar os bilhetes.
Tudo pronto e
agora só nos restava esperar pelo comboio. É pá, ainda foi um bom bocado, quase
duas horas! Durante esse tempo, houve bifanas e umas “mines” à mistura. Chegada
a hora de embarque, foram 5 para um lado e 2 para o outro, isto até ao Entroncamento.
Depois a
divisão foi feita doutra maneira, fui com o Mário e o Spínola. E ao chegar a Lisboa
fiquei com saudade. É que nestes passeios é criado um lanço muito forte, é um
sentimento único.
Lisboa à vista,
despedidas à parte. Houve alguém que prometeu escrever e postar as fotos no
próprio dia de chegada… Ups! Peço desculpa de só hoje ter terminado esta crónica
do caminho a Fátima 2012.
Até à próxima!
Para a próxima também quero ir, mas só se houver bifanas e mines! ;p
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