CAVALEIROS DO PEDAL: Saudades

sexta-feira, 29 de março de 2013

Saudades

Boas,

Nem imaginam a vontade que tenho de me pôr a fazer um caminho de Santiago. Neste caso o Francês. Estou com uma sede incrível, acho que nem um dilúvio me fazia parar.

Quando vi o meu amigo maníaco a partir, para a sua primeira travessia. O caminho português interior de Santiago de Compostela. Fiquei cheio de inveja e vontade de o acompanhar.

Passado uns dias, tive a má notícia que tinham desistido devido às péssimas condições atmosféricas.

Tive uma má experiência no primeiro caminho que fiz de bike. Os meus companheiros portaram-se todos 5*, tirando no dia da chegada a Finisterra, fiquei muito desapontado com todos eles
-

Havia imenso tempo antes de concluirmos o objectivo. Ao chegar a Finisterra fomos buscar a Finisterrana, (diploma que prova a chegada a Finisterra). Pouco depois fomos ao farol tirar a foto da praxe junto à bota de bronze, local de culto do peregrino. E logo a seguir quiseram ir todos embora. Já ninguém quis ficar e conhecer a pequena localidade, ficaram todos cheios de pressa a querer regressar a Portugal. A confusão veio logo a seguir.

Apanhar o autocarro para Santiago e já não saímos da estação, a pressa era tanta, que até ficamos a dormir na rua, não foi pelo episódio de ficar a dormir na rua que fiquei chateado, foi simplesmente da Pressa que todos ficaram.

Neste tipo de viagens, onde há alguns investimentos, tanto de tempo como de dinheiro. Planeiem bem e façam com tempo. Deixo-vos uma dica, se quiserem fazer uma viagem em plena autonomia. Os incidentes acontecem, mas preparem-se na mesma. Façam passeios, maratonas. Os caminhos de Santiago não são nenhum Papão. Qualquer bttista o faz.

Não sou nenhum Pró nos Caminhos de Santiago, mas posso partilhar a pouca experiência que tenho. O caminho português central, foi o primeiro e havia imensa informação sobre ele. Já o tinha feito a pé, deste Valença do Minho até Santiago e depois de Santiago a Finisterra por Cee.

O segundo, foi completamente diferente, não havia informação quase nenhuma, e a pouca que havia não era suficiente, foi tudo preparado tudo ao pormenor. Desde às marcações dos albergues, tudo foi planeado à risca e correu tudo bem. Foi muito duro este Caminho, sem dúvida muito mais difícil que o que começa no Porto.

E numa coisa eu sou chato, a planear as minhas viagens. Se falhar alguma coisa, tenho que ter sempre uma alternativa.

Como este ano não vou fazer nenhum Caminho, deixo-vos umas pequenas lembranças de ambos caminhos que fiz nestes últimos dois anos.

Caminho Central Português - 2011

Porto