domingo, 30 de outubro de 2011

Regresso a Portugal


Boas, companheiros do pedal

Só faltava esta crónica para terminar o ciclo do caminho.
Estávamos a chegar a Santiago de Compostela, vindos da Costa da Morte, Finisterra. A viagem tinha sido aborrecida, mas ao menos tinha dado para descansar um pouco. Quando chegámos ao terminal de Santiago nem sequer saímos da estação de camionagem, fomos logo à procura de alguma empresa de autocarros que fosse para Portugal e que desse para levar as bikes. O problema foi mesmo esse: as bicicletas, ninguém as levava para fora da península espanhola.
Por fim, conseguimos apanhar um autocarro para Vigo e pensávamos nós que ao lá chegar houvesse alternativa, sem ser o comboio.
Tentámos de tudo, mas não tivemos hipótese. Não havia nenhum transporte que nos levasse as bikes para Portugal, então decidimos ir para a Estação da Renfe (Comboios), aguardar pela sua abertura e embarcar para o Porto.
Para fazer tempo, fomos jantar numa Hamburgueria, perto da estação. A noite estava um pouco fria, mas passou. Não fazia nada parecido desde os tempos de loucura "Juventude". Às 05h e tal, a estação abriu e fomos comprar os bilhetes para Portugal. Por volta da 07h, arrancámos e só pensávamos em chegar ao Porto, embalar as máquinas e voltar para a capital. As saudades eram muitas!

Chegámos ao Porto ainda não eram 10h. Comprámos os bilhetes para o intercidades das 10h50 e mais uma vez ficámos um pouco chateados porque podiam implicar com as bikes, mas  até nisso tivemos sorte. Ao chegar o comboio, entrámos, colocámos as bikes junto ao compartimento para o efeito e seguimos descansados rumo a Lisboa.

Tínhamos chegado finalmente, por volta das 14horas, mais uma missão concluída com êxito.

O próximo passeio vai ser o Caminho Francês, quem alinha?



terça-feira, 18 de outubro de 2011

6ª Etapa - Olveiroa a Finisterra (Múxia)

Boas companheiros!

Eram 06h30 quando o despertador do Filipe berrou e acordou o pessoal todo. Só de pensar que seria a última etapa e talvez a mais longa e dura, devido aos acumulados de subidas e principalmente do cansaço, era um alivio só de pensar que no final do dia já teríamos terminado algo que tinha sido projectado em meados de Abril do ano passado. 

(A vontade de querer fazer estes trilhos era muita, mas quem é quem me ia acompanhar nesta aventura? A única pessoa que partilhava a mesma vontade era a Diana, mas o desejo dela era sair de Santiago até Finisterra, mas eu queria fazê-lo do Porto. Seriam mais de 200 quilómetros e seria o suficiente para obter a Compostelana de bicicleta. Mas ao receber esta última Compostelana fiquei um pouco desiludido, porque é basicamente igual à que tenho em casa, a única diferença é que muda a data. Na minha opinião devia haver Compostelanas diferentes, deviam mencionar de onde se começava e o seu meio de locomoção e mantinham a sua originalidade de séculos.)

Voltando ao caminho, o material estava pronto e só nos faltava vestir e comer algo. Pela primeira vez em todo o caminho, não tivemos de sair para tomar o pequeno-almoço, tínhamos-nos adiantado no dia anterior.
Ao sair do estábulo, senti aquele cheirinho tão desagradável  a estrume de vaca, é do piorio. Fomos ao albergue alternativo beber um cafezinho, era dos poucos locais que àquela hora estava aberto. Despedidas e desejar um bom caminho aos demais caminheiros presentes e prontos para mais uma etapa, talvez a ultima como nós, ou não.
Partimos em direcção às setas, mas havia um pequeno problema é que só o Beto tinha luz à frente e então tivemos de nos colar a uns "camones" que já tinham iniciado o caminho. Não sei porquê mas eles sentiram que nós os estávamos a "seguir" e logo nos despacharam para a frente. Andámos um pouco às apalpadelas mas logo nos habituamos à escuridão e com um pouco de ajuda do luar conseguimos ver as setas.
Àquela hora sentia-se um pouco de frio, mas nada como aquecer com uma subida às ventoinhas eólicas. Na descida não conseguimos usufruir como deve de ser devido à falta de luz, mas, vá lá, ninguém caiu.
Parámos um pouco para a foto numa pequena ponte e continuamos o caminho. Passado uns minutos chegámos ao famoso Marco duplo. Duplo porquê? Porque tem duas direcções, se se for pela esquerda, vai-se para Finisterra por Cee  e se se virar à direita, vai-se para Múxia. Foi o que fizemos, optámos pela direita. Agora sim, o caminho ganhou um pouco mais de interesse para mim (digo isto porque já conhecia o caminho desde Valença do Minho até este ponto de viragem).

Apanhámos trilhos para diversos gostos; com areia, saibro e imensa gravilha. Tanto andámos por estrada como por trilhos. Subimos, descemos e, no final, chegámos a uma placa que nos dava a boa notícia de estarmos perto do primeiro objectivo, Múxia.
Nada melhor que uma boa descida e finalmente a primeira visão que temos ao sair do mato, Múxia. Alivio de termos chegado e mais uma sessão fotográfica aos nossos modelos, para não variar as nossas bikes, que nos acompanharam estes quilómetros todos.
Fomos à procura do albergue do peregrino para recebermos a tão desejada Muxiana, mas, ao chegar ao albergue, deparámos-nos com uma péssima surpresa: estava fechado e só abria às 13h30 e, como ainda eram 11h20, ligámos aos números afixados na entrada. Contactamos com os responsáveis do albergue e disseram-nos que a única alternativa era esperar. Bem, ficar duas horas à espera não fazia parte dos planos e decidimos ir para Finisterra, talvez com alguma sorte ainda consigamos a Muxiana.

Digo-vos uma coisa, o caminho em termos de sinalética estava um pouco confuso ao inicio, existem os marcos com a vieira amarela, mas estas apontam para o chão. É que este caminho faz-se nas duas direcções, Múxia-Finisterra e vice-versa, e o que nos safou foram as setas amarelas, caso contrário tínhamos de nos auxiliar do GPS, mas foram poucas as ocasiões, felizmente.
Numa das diversas paragens efectuadas, o Beto pediu a uma senhora se podia dar-nos alguma água e perguntámos se estaríamos longe de Finisterra e ela respondeu que estávamos em Lires a meio do caminho.
Ao atravessar Lires, a paisagem nem vos digo nada, era de cortar a respiração, junto à estrada reparamos numa praia que nos fez lembrar aquelas praias paradisíacas.

Esta última etapa deve ter sido a mais longa. Finalmente Finisterra, nem sequer parámos para descansar, tínhamos o tempo quase todo cronometrado e fomos de imediato ao Albergue Municipal buscar a Finisterrana. Houve logo uma serie de perguntas em relação ao regresso a Santiago.
O nosso objectivo já tinha sido alcançado, mas ainda faltava ir ao Farol e à Bota de Bronze, situados na costa da morte e foi o que fizemos. Já se notava o cansaço e custava imenso subir, apesar de ser a última. Custou mas valeu o esforço, ao chegar fomos imediatamente ao marco do Quilómetro Zero. Fomos todos juntos para o local onde se encontra a Bota e apreciámos a paisagem espectacular e finalmente a foto de família. Durante estes dias, estes três companheiros do pedal foram meus irmãos de viagem, sem esquecer a Diana. Partilhámos dor e muito cansaço, aturamo-nos sem haver uma única discussão e bons momentos de distracção.

Ao regressar ainda tivemos tempo de tirar mais umas fotos junto à estátua do Peregrino. Ao ir embora, nem o vento nos deixou desfrutar da última descida, era tanto que nem sequer nos atrevíamos de pedalar. Mal que chegamos à Vila, fixámo-nos na paragem e esperámos impacientes pelo autocarro que nos levaria de volta a Santiago. Foram três horas para fazer mais ou menos cem quilómetros, mas deu para descansar.

Para ver as Fotos, clique em - Olveiroa a Finisterra (Múxia)

(Continua)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

5ª Etapa - Santiago Compostela a Olveiroa

Após nos instalarmos no Seminário, tivemos de sair para o jantar e, ao passar junto à catedral, aproveitámos para ir ver o seu interior. Ao entrar na catedral reparámos que estava a haver a missa do peregrino mas já estava no fim, tivemos alguma sorte em apanhar a demonstração do bota-fumeiro. Diz-se que começou a ser utilizado há alguns séculos, devido ao mau-odor dos peregrinos, que não tinham as condições de higiene de hoje em dia, e que que invadia a catedral., O bota-fumeiro ao ser balançado de um lado para o outro dissipava o mau odor. (ver video)


Após a missa fomos à procura do Galeão para desfrutarmos do manjar.
No fim, demos uma pequena volta e regressámos ao Seminário Menor. Ao chegar, cada um de nós foi preparar o material para o dia seguinte. A Diana ia voltar para Portugal, bem que tentei que ela seguisse viagem connosco, mas em vão.

Dia seguinte: Ainda tínhamos dois dias de viagem pela frente e um deles já estava em curso. Últimos preparativos e arrancámos a caminho de Olveiroa. Muito sinceramente, digo-vos que me custou menos o ano passado que fui a pé, estava bem mais fresco e foi só até Negreira. Um dos factores principais foi o desgaste acumulado e as subidas contínuas.
Ao chegar a Negreira, fomo-nos reforçar , alguns de nós foram aos bocadillos e outros à fruta. Nem sequer passámos pelo Albergue para o dito carimbo, a pressa de terminar a etapa era mais importante. Com o andamento, eu e o Chico ficámos mais à frente e parámos e ficámos à espera dos outros dois elementos. Eles nunca mais chegavam e o Chico foi para trás ver se tinha acontecido alguma coisa. Passado uns minutos recebo uma mensagem a dizer que o Beto tinha tido o seu 3º furo, então voltei para trás.
Ao chegarmos a Olveiroa, dirigi-me à recepção para fazer o registo e deparei-me com um papel na mesa a dizer para nos irmos instalando nas camaratas e por volta das 18horas para ir à recepção fazer os ditos registos. Fui de imediato à procura de quatro camas vagas, mas ao entrar na camarata, não consegui perceber quais as camas ocupadas e então arriscámos e fomos para o estábulo. Era perfeito, tinha um quarto com seis camas e local para deixar as bicicletas, e mais uma vez tivemos sorte, ficámos só nós. 
Ao lado do nosso Albergue, havia um outro alternativo e um pouco mais caro, mas tinha um pequeno bar na recepção e ao lado umas prateleiras que tinham alguns produtos de mercearia, local ideal para nos abastecermos para o dia seguinte e para o nosso pequeno-almoço.
Ao jantar tivemos de ir a outro lado e encontrámos lá um grupo de portugueses, que estava a fazer o mesmo que nós, mas tinha saído de Ponte de Lima e também ia acabar em Finisterra, tal como nós. Finalmente voltámos ao nosso quarto maravilha  e preparámos as últimas coisas para iniciarmos o merecido descanso.

Para ver as fotos, clique em - Santiago Compostela a Olveiroa


domingo, 16 de outubro de 2011

4ª Etapa - Pontevedra a Santiago de Compostela

Boas!
Para esta etapa levantámo-nos cedo (6 horas) e fomos logo à procura de um café para tomar o pequeno-almoço. Reforçámos bem o estômago e dirigimo-nos à igreja que se situa na praça principal de Pontevedra, na zona da BOA para colocar o primeiro carimbo e para nos despedirmo-nos desta bela cidade.

Não sei precisar o tempo, mas foi rápida a corrida de Pontevedra a Caldas de Reis, parámos lá apenas para carimbar as credenciais e arrancámos de imediato para Padrón. Cruzámos-nos com  muitos peregrinos, passámos pela escola que deseja um bom caminho em várias línguas e, ao chegar à dita vila, achei-a diferente. Na última visita as árvores estavam ainda despidas e agora, em pleno Outubro, as ditas árvores estão cobertas de folhagem. É um Outubro diferente, estamos ainda no Verão, daí a minha estranheza!!
Fomos ao bodegón "O Carro" (passe a publicidade) e alguns de nós pediram os famosos pimentos de Padrón e, para espanto meu, eram pequeninos mas muitos saborosos e picantes. O Chico que o diga ehehehe ficou vermelho, vermelhão... tipo a música da Fáfá de Belém. 
Depois dos pimentos, bocadillos de jámon serrano e tortillas que constituíram o nosso almoço, fomos ao Albergue Municipal, para os estreantes do caminho irem conhecer o albergue mais bonito deste Caminho Português. Tenho quase a certeza que a opinião deles foi a mesma que a minha.

Retomámos o caminho, já faltava pouco para Santiago, talvez uns 20 quilómetros e, para variar, o nosso amigo Beto teve o seu 2º furo. A sorte é que perto do "local do crime", havia um pequeno circuito de exercícios e um dos aparelhos, se assim posso chamar, serviu de suporte para a bike e facilitou a reparação
Ao  passar o Miladoiro e ao chegar à central eléctrica, quis apreciar o olhar dos meus companheiros ao avistarem já Santiago de Compostela à distância. Era um olhar único de satisfação e conquista deste primeiro objectivo. Faltavam apenas quatro quilómetros, e à nossa frente tínhamos uma bela descida, mas havia muito vento, o que a estragou.

Ao entrar na cidade, os dois que iam mais à frente perderam as setas e o grupo separou-se devido à excitação de querer chegar primeiro à Catedral, penso que tenha sido isso, não vejo outra explicação. Pouco depois o grupo voltou a encontrar-se porque os dois elementos deixaram de ver as tais setas amarelas, e assim conseguimos chegar todos ao mesmo tempo à praça da catedral de Santiago de Compostela. Na praça de Obradoiro tirámos as fotos da praxe, e eu até eu tirei uma foto de cabeça para o ar, a vista da catedral com uma perspectiva diferente!

O objectivo seguinte foi a Oficina do peregrino para receber a Compostelana e de imediato fomos à procura do Seminário Menor para poder descansar e tomar um rico banho.

Para ver as fotos, clique em - Pontevedra - Santiago de Compostela


sábado, 15 de outubro de 2011

3ª Etapa - Valença a Pontevedra

Boas!
Neste 3º dia tínhamos uma das etapas mais difíceis, havia muita subida e trilhos que necessitavam alguma perícia para transpô-los e o desgaste da etapa anterior não ajudava nada. Agora que o grupo estava completo, e eu estava curiosíssimo  com o andamento nossa amiga! (Fiquei boquiaberto, a descer não pensa, desce!! :) )

Levantámo-nos cedo para não se notar a diferença horária (+1h) e reforçamo-nos bem antes de abandonar terras lusas e entrar em território espanhol. Logo ao passar a Ponte que separa Valença de Tuí tivemos uma boa subida que nos levava à catedral de Tuí. Já se notava bem a diferença no caminho, a sinalética não era tão boa como a do caminho em Portugal, mas deixando as idiotices de patriotismo, todo o caminho é importante, tanto num  lado ou noutro, whatever.

Ao entrar numa zona de vinhais, o Beto tem o primeiro problema técnico da sua conta pessoal: um furo no pneu de trás, o que nos obrigou ir à procura de uma loja-Oficina de bikes para reparar esse grande problema. Ao entrarmos em Porriño, o Beto encontrou a nossa salvação - Tramo Libre. Digo "nossa" porque eu e o Filipe também precisámos de afinar as mudanças. Foi essencial esta paragem e era impossível prosseguir com as bikes naquele estado.

Câmaras de ar compradas, bikes afinadas e prontas para continuar a rolar. A subida dos caballeros estava à nossa espera em Mós e moeu mesmo... a todos! Depois de subir tudo o que havia para subir, mais uma foto da praxe e veio a bonança, mais uma bela descida que me fez gastar  as pastilhas de trás.

Ao chegar a Redondela, estávamos famintos e logo nos instalámos numa esplanada à frente do albergue do peregrino. Mais uma vez, encontramos outro grupo de peregrinos e para nosso espanto, eram todos tugas, tudo do distrito do Porto, dos quais se destacaram a menina dos Likes e o  Shrek. 

Prosseguindo com a nossa viagem e desejando um bom caminho, começámos, para não estranhar, a subir! Quando entrámos em zona de terra, esperava-nos uma longa e bela descida até à Nacional. No meio do trilho havia uma armação de madeira com uma dezenas de vieiras presas em cordas, fez-me lembrar uma teia de aranha, onde as presas eram as vieiras, e com imensas mensagens escritas na madeira. Um monumento único e em homenagem aos milhares de peregrinos que correm este caminho.

Ao percorrer um par de quilómetros, chegámos por fim à Ponte de Sampaio, imagem escolhida por mim para ficar no fundo do nosso dorsal, e foi tirada a foto da praxe. Continuando, entrámos num dos trilhos mais técnicos do caminho, a calçada romana. Foi duro, mas chegámos lá acima com uma enorme satisfação de mais uma conquista.

Ao chegar a Pontevedra, tinha uma preocupação em mente, o Albergue. É que em Espanha, o peregrino que vai a pé tem prioridade sobre quem vai de bicicleta, e ao chegar ao dito albergue fiquei preocupado, mas foi só falso alarme. A senhora que nos atendeu disse para esperar um pouco e fez-nos logo o registo e fiquei muito mais calmo.

Enfim podemos finalmente arrumar as coisas, tomar um bom banho e passear um pouco pela bela cidade de Pontevedra, escolher o local ideal para jantar e desfrutar a companhia dos elementos do pedal.

Para ver as fotos, clique em - Valença do Minho - Pontevedra

Continua

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

2ª Etapa - Barcelos a Valença do Minho

Bem, a 2ª etapa seria mais dura... Saímos de Barcelos por volta das 08horas, já com o grande pequeno-almoço na barriga, e tínhamos tomado uma decisão: ir de Barcelos, passar por Ponte de Lima, enfrentar a temível Labruja e rolar por Rubiães até Valença do Minho.
No inicio do caminho apanhámos alguma estrada, como era de esperar, mas logo entrámos em trilhos já com sinaléticas do caminho de Santiago. Para contentamento de alguns, estávamos oficialmente a fazer o dito caminho. Efectuámos algumas paragens para as fotos da praxe, e rápido chegámos à Vila de Ponte de Lima, Vila essa com uma arquitectura medieval e banhada pelo rio Lima. Fizemos algumas paragens, posámos junto aos legionários lá "acampados" e fomos tomar um suminho de cevada junto ao Albergue dos Peregrinos. Desgraçados os que chegassem mais cedo, só podiam entrar depois das 17horas.
Retomámos o caminho e, ao avistarmos a tabuleta do Rio Labruja, sabíamos que estaríamos perto da famosa subida. Ao passar por baixo da autoestrada tivemos um cheirinho daquilo que nos esperava, uma subidinha um pouco íngreme que, com a temperatura alta que já se instalava, também não ajudava muito. Entretanto, chegámos a uma mercearia conhecida por ser o único local antes de se dar inicio à dita subida. Ao princípio, julgo que todos nós pensávamos que a subida era contínua e longa, mas nunca me passou pela cabeça que fosse tão difícil, e com um erro primário como não encher o camelbak por completo, fiquei sem fôlego no meio da subida e com muita sede. Ao chegar ao cruzeiro, pensámos que já tínhamos acabado com o martírio mas  enganamo-nos redondamente porque ainda havia a outra metade. Ao superar esta longa subida tivemos a recompensa de uma vista espectacular e de um tanque que transbordava água fresquinha, descoberto pelo Beto, junto do qual havia uma maceira, que bem que soube. Depois vinha a bonança, pensávamos nós, mas seguiu-se uma bela descida com algum grau de dificuldade. O Chico teve o primeiro furo do caminho e o Filipe quase que perdeu o saco-cama. 
Um dos principais objectivos desta etapa era chegar primeiro que o último elemento da viagem, que se ia juntar a nós em Valença, a Diana. A Diana veio a revelar-se uma surpresa nas descidas, se quiserem dar-lhe uma bike de downhill, ela manda-se sem pensar, insane!
Agora sim, o grupo estava completo...

Para ver as fotos, clique em: Barcelos - Valença do Minho

Continua


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

1ª Etapa - Porto a Barcelos

Boas, companheiros do Pedal
Domingo - 02 de Outubro de 2011, eu e o Beto fomos no último comboio de Lisboa para a cidade Invicta. Mal que chegámos fomos logo montar as nossas máquinas, mas deparamos com um pequeno problema, é que a estação iria fechar e tínhamos que ir para outro lugar. 
Existe lugar mais seguro que a esquadra da policia? Foi isso que pensei e logo rumámos à descoberta da dita esquadra. Ao encontrá-la, fui falar com o agente de serviço. O primeiro carimbo nas nossas credencias foi deles, não faziam a mínima ideia da existência da credencial mas ao menos, já tinham ouvido falar nos caminhos de Santiago. Às 07horas tínhamos de estar na estação de São Bento, para conhecer os outros membros de viagem, foi uma aventura e tanto, mas valeu a pena. 
Apresentações à parte, metemos-nos a caminho de Barcelos, que seria a primeira etapa. Só eu e o Beto é que sabíamos como andávamos e era uma incógnita o andamento do Chico e do Filipe.
Perdemos imenso tempo porque alguém se esqueceu do saco-cama em Lisboa, EU! Fomos a uma Sportzone e logo ficou resolvido o problema.
Esta primeira etapa serviu mais para testar as nossas bikes com os alforges e ver como é que o grupo andava.

A Etapa seguinte seria mais dura e no meio tinha a temida e famosa subida da Labruja, com destino final Valença do Minho.

Para ver as fotos, clique em - Porto - Barcelos

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domingo, 2 de outubro de 2011

21H30 - Partida

Boas companheiros do pedal,
Às 20h50 tenho de estar na estação de Stª Apolónia para me encontrar com Beto. As bikes já estão desmontadas, bagagem no ombro e o nosso comboio à vista, com destino à cidade do Porto, com chegada prevista à cidade Invicta às 00h40 do dia 03 de Outubro.
Mal que se chegue à terra das francesinhas, vamos preparar as nossas montadas e afiná-las a 99%, e  depois é só esperar pelas 07 horas, hora estabelecida para o encontro com os restantes companheiros de viagem.
A bagagem espero que não esteja muito pesada, mas contém o essencial para 7 dias de viagem.
Deixo-vos um cheirinho da minha bagagem, ehehe

Material para o reumático 

Alforge

Mula desmontada 

Ultreia et sus eia


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