sábado, 15 de outubro de 2011

3ª Etapa - Valença a Pontevedra

Boas!
Neste 3º dia tínhamos uma das etapas mais difíceis, havia muita subida e trilhos que necessitavam alguma perícia para transpô-los e o desgaste da etapa anterior não ajudava nada. Agora que o grupo estava completo, e eu estava curiosíssimo  com o andamento nossa amiga! (Fiquei boquiaberto, a descer não pensa, desce!! :) )

Levantámo-nos cedo para não se notar a diferença horária (+1h) e reforçamo-nos bem antes de abandonar terras lusas e entrar em território espanhol. Logo ao passar a Ponte que separa Valença de Tuí tivemos uma boa subida que nos levava à catedral de Tuí. Já se notava bem a diferença no caminho, a sinalética não era tão boa como a do caminho em Portugal, mas deixando as idiotices de patriotismo, todo o caminho é importante, tanto num  lado ou noutro, whatever.

Ao entrar numa zona de vinhais, o Beto tem o primeiro problema técnico da sua conta pessoal: um furo no pneu de trás, o que nos obrigou ir à procura de uma loja-Oficina de bikes para reparar esse grande problema. Ao entrarmos em Porriño, o Beto encontrou a nossa salvação - Tramo Libre. Digo "nossa" porque eu e o Filipe também precisámos de afinar as mudanças. Foi essencial esta paragem e era impossível prosseguir com as bikes naquele estado.

Câmaras de ar compradas, bikes afinadas e prontas para continuar a rolar. A subida dos caballeros estava à nossa espera em Mós e moeu mesmo... a todos! Depois de subir tudo o que havia para subir, mais uma foto da praxe e veio a bonança, mais uma bela descida que me fez gastar  as pastilhas de trás.

Ao chegar a Redondela, estávamos famintos e logo nos instalámos numa esplanada à frente do albergue do peregrino. Mais uma vez, encontramos outro grupo de peregrinos e para nosso espanto, eram todos tugas, tudo do distrito do Porto, dos quais se destacaram a menina dos Likes e o  Shrek. 

Prosseguindo com a nossa viagem e desejando um bom caminho, começámos, para não estranhar, a subir! Quando entrámos em zona de terra, esperava-nos uma longa e bela descida até à Nacional. No meio do trilho havia uma armação de madeira com uma dezenas de vieiras presas em cordas, fez-me lembrar uma teia de aranha, onde as presas eram as vieiras, e com imensas mensagens escritas na madeira. Um monumento único e em homenagem aos milhares de peregrinos que correm este caminho.

Ao percorrer um par de quilómetros, chegámos por fim à Ponte de Sampaio, imagem escolhida por mim para ficar no fundo do nosso dorsal, e foi tirada a foto da praxe. Continuando, entrámos num dos trilhos mais técnicos do caminho, a calçada romana. Foi duro, mas chegámos lá acima com uma enorme satisfação de mais uma conquista.

Ao chegar a Pontevedra, tinha uma preocupação em mente, o Albergue. É que em Espanha, o peregrino que vai a pé tem prioridade sobre quem vai de bicicleta, e ao chegar ao dito albergue fiquei preocupado, mas foi só falso alarme. A senhora que nos atendeu disse para esperar um pouco e fez-nos logo o registo e fiquei muito mais calmo.

Enfim podemos finalmente arrumar as coisas, tomar um bom banho e passear um pouco pela bela cidade de Pontevedra, escolher o local ideal para jantar e desfrutar a companhia dos elementos do pedal.

Para ver as fotos, clique em - Valença do Minho - Pontevedra

Continua

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